domingo, 29 de julho de 2012

Frango ao molho de Mel, Cebolas e Amêndoas - da Tia da Cecilia

Receita fácil e muito saborosa que eu peguei do blog Yes we Cooking, escrito pela querida Cecilia. A receita é da tia dela e vem lá de Recife. Segundo ela "todos que provam, amam". Concordo, aqui em casa foi sucesso total! É bem fácil de fazer e um ótima alternativa para incrementar o peito de frango.

Ingredientes:
1 peito de frango cortado em pedaços
1/2 xícara de mel de abelhas
4 colheres de sopa de óleo (usei azeite de oliva)
1 1/2 cebola picada em cubinhos pequenos (usei 1 cebola grande)
1 dente de alho inteiro
1/2 colher de café de canela em pó
2 colheres de sopa de amêndoas laminadas
Sal e pimenta do reino a gosto

Preparo:
Tempere os pedaços de frango com sal e pimenta. Espalhe 2 colheres de sopa de azeite no fundo de um refratário, coloque o frango temperado e espalhe o mel por cima. Leve para assar em fogo médio. Na metade do tempo vire os pedaços de frango para não ressecar. O tempo de forno vai variar de acordo com o tamanho dos pedaços e o fogão, no meu levou cerca de 25 min. 
Enquanto o frango está assando, doure a cebola nas outras 2 colheres de azeite, com o alho, a canela e uma pitada de sal. Quando a cebola estiver transparente, desligue o fogo e retire o dente de alho. 
Quando o frango estiver pronto, coloque os pedaços em uma travessa e misture o mel que está no refratário com a cebola refogada, formando um molho. Na hora de servir despeje este molho sobre os pedaços de frango e finalize com as laminas de amêndoas
Sirva com o acompanhamento de sua preferência. Eu servi com um arroz de espinafre com abobrinha. 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Chile parte V - Vale do Colchagua


A viagem ao Chile, que fizemos no verão, teve como ponto alto os programas enogastronômicos. O roteiro incluiu algumas vinícolas que tínhamos curiosidade de conhecer e são ícones na vitivinicultura chilena, como a Concha y Toro, que já apareceu aqui, a Casa Silva e Lapostolle (que aparecerão no próximo capítulo). 
Não queríamos nos afastar muito de Santiago, então a região vinícola escolhida foi o Vale do Colchagua. Ficamos hospedados em um vilarejo chamado Santa Cruz, a aproximadamente 180 km de Santiago, mas rodamos um pouquinho mais para chegar lá, pois partimos de Valparaíso (cerca de 220 km).
As autoestradas no Chile são ótimas, é muito tranquilo dirigir por elas, entretanto o trecho Valparaíso - Santa Cruz foi mais cansativo pois parte do trajeto percorreu estradas secundárias, em boas condições, mas com pista simples e tráfego mais lento. A paisagem compensou, passamos por trecho mais verdes, com lagos, diferente do trecho Santiago - Viña del Mar, que é mais árido. 

Na fase de planejamento da viagem, pesquisando no Google, achei boas indicações para o restaurante da vinícola Viu Manent, o Rayuela. Decidi então que este seria o nosso primeiro ponto de parada no Vale do Colchagua e fiz uma reserva. 
O calor estava demais e depois de 3 horas de estrada tudo que queríamos era "sombra e água fresca". Chegando lá nos deparamos com o cenário mais que perfeito...
Um mesa embaixo de uma árvore imponente com muita sombra, uma leve brisa de verão e um lugar super aconchegante.
Pedimos um salmão grelhado com legumes e um Chardonnay Gran Reserva, da própria vinícola. A comida e o vinho estavam ótimos, mas o que valeu mesmo foi o lugar... A calma e a tranquilidade de uma refeição acompanhada de muita contemplação... Ficamo horas ali, bebendo, conversando e curtindo aquele momento único. 
A Viu Manent é bem interessante, tem um passeio de charrete pelos vinhedos e tem também visitação às caves e degustação. Optamos por não fazer a programação oferecida pela vinícola, pois preferimos curtir o "não fazer nada" embaixo daquela sombra maravilhosa. Antes de ir embora demos uma caminhada pelo lugar, mas o sol estava forte e depois da viagem e de uma garrafa de vinho, a melhor opção era ir para o hotel descansar...
Nos hospedamos no Hotel Vendimia. Um charme, pequeno, poucos quarto, todo decorado com móveis e objetos antigos... Ainda tinha uma piscininha para refrescar. Muito bom, recomendo. A única coisa que não gostei é que os carros ficam na rua. 

Santa Cruz é uma cidade bem pequena, um vilarejo na verdade... Demos uma caminhada por ela no final de tarde, mas não encontramos nenhum atrativo. O bom é que ela fica em uma posição estratégica em uma região com muitas vinícolas, mas você vai precisar de carro para se deslocar entre elas. Depois que voltamos vi uma postagem no Like Chile que fala de uns programas legais por lá. 

No próximo, e último, capítulo vou falar sobre as outras vinícolas que visitamos, incluindo a deslumbrante Lapostolle. Em breve.



terça-feira, 17 de julho de 2012

Purê de mandioca com ragú

Blogueiro de gastronomia come comida fria... É fato. Entre servir o prato e tirar a foto existem várias etapas, na tentativa de captar uma imagem no mínimo atrativa, que honre o esmero e dedicação que tivemos ao executar a receita. 
No último domingo fiz um purê de mandioca com ragú, uma releitura de uma comida simples e muito comum na mesa dos gaúchos, o "aipim com molho". Neste dia estava muito frio e assim que eu servi o prato, nem pensei em grandes produções para a foto, seria um pecado deixar a comida esfriar! No final a foto de longe, sem muito detalhe, traduziu bem o estilo da refeição: uma comida quente, aconchegante!

Purê de mandioca

Ingredientes:
mandioca cozida
alho
leite
manteiga
sal
queijo ralado
pimenta do reino moída na hora

Preparo:
Vou ficar devendo as medidas, fiz no olho. Cozinhei a mandioca na pressão até ficar bem macia. Refoguei (levemente) um dente de alho em um "naco" de manteiga. Amassei a mandioca, coloquei na panela com o alho e a manteiga e adicionei um pouquinho de leite. Mexi para homogeneizar e fui adicionando mais leite aos poucos, mexendo sempre, até ficar com a consistência que eu queria. O ponto vai do gosto de cada um. Temperei com sal e pimenta do reino e coloquei um pouco de queijo ralado, só para dar um "toque" especial, é opcional.

Ragú de carne

Ingredientes:
1 cebola pequena
100 g de bacon
2 latas de tomate pelado
150 ml de vinho tinto
700 g de carne (usei patinho)
1 colher de sopa de caldo de carne líquido
2 colheres de sopa de shoyo
azeite de oliva
sal a gosto
açúcar

Preparo:
O ragú é um molho onde a carne é cozida lentamente, até se desmanchar. A minha versão é "simplificada", pois não tenho muita paciência para receitas demoradas. Cortei a carne em cubos e coloquei em uma panela de pressão com 1/2 litro de água, o caldo de carne líquido e o shoyo. Enquanto a carne cozinhava, em outra panela, refoguei a cebola no azeite de oliva, depois juntei o bacon picado e refoguei até a gordura derreter. Juntei o vinho e os tomates pelados e deixei cozinhado em fogo baixo, com a panela semi tampada. Depois de pouco mais de 30 min na pressão, desfiei a carne com o auxílio de dois garfos (ela tem que estar se desmanchando) e a coloquei na panela do molho, que seguiu no fogo baixo. Se você achar que o molho reduziu demais, adicione 1 concha do caldo da carne que se formou na panela de pressão. Se achar ele muito líquido, dissolva 1 colher de sopa de farinha de trigo em um pouco do caldo quente e misture ao molho. Coloquei uma pitada "gorda" de açúcar para quebrar a acidez do tomate e adicionei sal a gosto. Deixei cozinhando por mais uns 15 min para o sabor da carne se incorporar ao molho. 

Sirva o molho bem quente sobre o purê e boa refeição!

Obs 1: Não descarte o caldo de carne da panela de pressão, guarde em um pote e leve ao freezer, você pode aproveitar para fazer um risoto. 
Obs 2: A sobra do molho pode ter vários destinos, mas na minha opinião, um dos mais "nobres" é esse aqui.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Risoto de Açafrão

Quem conhece o blog sabe que sou fã de risotos, estou sempre testando novas combinações e receitas. Normalmente faço como prato único e combino dois ingredientes para compor o sabor, como o de Pera com Gorgonzola, Brie e Pimenta Biquinho, Cordeiro com Hortelã, e por aí vai...
Esses dias fui a um jantar onde foi servido um filé de peixe com risoto de açafrão. Fiquei encantada com o sabor e a simplicidade do risoto... É uma receita simples, bem conhecida, mas até hoje eu não havia feito. É o acompanhamento perfeito para qualquer tipo de carne ou legume cozido. 
Para quem ainda não se aventurou no mundo dos risotos, esta é uma ótima receita para iniciantes, pois não é preciso se preocupar com a hora de adicionar os ingredientes complementares. 
Para duas pessoas, usei:
250 gramas de arroz arbóreo (pouco mais de 1 xícara)
1 colher de café rasa de açafrão
1 litro de caldo de legumes (se for usar cubinhos, dissolva apenas 1 cubo por litro de água quente)
1/2 cebola
1/2 taça de vinho branco (em torno de 100 ml)
2 colheres de sopa de azeite de oliva
1 colher de sopa cheia de manteiga 
2 colheres de sopa de parmesão ralado
sal a gosto
salsinha a gosto.

O passo-a-passo é o de sempre: refogue a cebola no azeite de oliva, junte o açafrão e refogue por mais um minuto, mexendo sempre. Junte o arroz, uma leve refogada, e em seguida adicione o vinho, mais um minuto para evaporar o álcool e em seguida comece a adicionar o caldo quente aos poucos a medida que evapora... Não vire as costas para o risoto, ele precisa ser mexido constantemente. 
O tempo de cozimento dependerá da panela, da chama do fogão... Fica pronto em cerca de 20 min (quando eu uso panela de ferro, é menos). Certamente você não usará todo o caldo, eu deixo a minha disposição 1 litro por um questão de medida. O arroz tem que ficar al dente, para saber se já está cozido é preciso provar. Verifique o sal e ajuste se necessário. Quando eu uso o caldo pronto não coloco sal. O risoto deve ficar cremoso, não deixe secar o caldo completamente. Quando estiver cozido, desligue o fogo e adicione a manteiga, o parmesão e a salsinha, misture, tampe a panela e deixe repousar por 1 min. Sirva em seguida. 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Chile parte IV - Viña del Mar e Valparaíso


Está difícil de acabar minha "série Chile", mas vamos a mais um episódio. Como era verão, eu fiz questão de ir até o litoral para tomar um banho de mar nas águas do Oceano Pacífico... 
Viña del Mar é uma típica cidade litorânea. É bem equipada com lojas e restaurantes, e tem um certo ar elitizado. Gostei bastante, as ruas são limpas, as pessoas são educadas, tem uma energia boa no ar. 
Chegamos no meio da tarde, logo após a visita à Viña Casas del Bosque. Fizemos o check-in no hotel e fomos direto para a praia... Tomei o banho de mar mais gelado da minha vida, mas como sempre fui "valente" para entrar na água, não tive problemas. Depois, o programa se resumiu a uma longa caminhada pelo local, uma passadinha no cassino, jantar e cama. Estávamos exaustos e no outro dia pretendíamos pegar a estrada bem cedinho!
Nossa passada por Valparaíso foi rápida. Apenas um tour de carro pelo centro e pela costa, a caminho do nosso próximo destino, o Vale do Colchagua.
Vou me limitar então a falar dos serviços que usei e lugares que visitei... Fica a dica para quem vai viajar para lá!

Hotel em Viña del Mar - ficamos hospedados no Hotel Ankara. Muito bem localizado (perto da praia), com garagem, boas instalações, café da manhã ótimo. O preço é bom, considerando o padrão da cidade. 

Restaurante Tierra del Fuego em Viña del Mar - Fica na beira da praia e tem um astral ótimo. Depois do banho de mar congelante, sentamos na varanda para tomar um Pisco Sour, um coquetel típico, feito com pisco, limão, gelo, acúçar e clara de ovo (sim, clara de ovo - não torça a nariz, experimente, é uma delícia). Não comemos lá, mas o cardápio parece bem legal e os preços são adequados à região. O ponto alto do lugar, sem dúvidas, é a localização. 
Pisco Sour no Tierra del Fuego
Pôr do Sol em Viña del Mar - sem comentários, lindo demais! Aos portoalegrenses fanáticos, que acham que o pôr do sol no Guaíba é o mais lindo "do mundo", só tenho uma coisa a dizer... Está na hora de rever conceitos.
Pôr do Sol em Viña del Mar
Casino Municipal em Viña del Mar - Entramos para conhecer, nunca tínhamos ido a um cassino. Achei o lugar deprê e insalubre. É permitido fumar, então já viu... Eu não sou implicante com cigarro, mas passei mal lá dentro! Perdemos umas moedinhas em uma máquina caça níquel, mas logo fomos embora... Não vale a entrada, nem para conhecer. 
Casino Municipal de Viña del Mar
Restaurante Fellini em Viña del Mar - Bem tradicional e movimentado... Pode ser uma ótima pedida se vocês forem em uma época de frio, mas não combina com o verão... Achei o ambiente escuro e a comida boa, mas pesada. Não curti. 

Valparaíso - É uma cidade portuária e bem movimentada na parte central. Percorremos toda a costa de carro, do porto até a saída da cidade (ao sul), e não passamos por trechos balneáveis, com faixa de areia. Apenas um calçadão estreito (e deserto), paredões de pedra e o mar. Em resumo, não é uma cidade "praiana". Tem um roteiro cultural bem interessante para os turistas, mas acabamos não conhecendo. 
Valparaíso
Se vocês estão planejando viajar para o Chile, não deixem de visitar o blog Like Chile

Próximos capítulos:
Chile parte V - Vale do Colchagua
Chile parte VI - Casa Lapostolle e Casa Silva