sábado, 11 de dezembro de 2010

Passando a limpo as enopostagens

O segundo semestre desse ano foi uma "bagunça" na minha vida. Os motivos centrais foram o casamento e a viagem (diga-se de passagem, nobres motivos), mas depois de preparar e curtir estes dois eventos, precisei de um tempo para retomar a rotina... Logo veio dezembro, que é o mês de correria para todos, e adeus rotina de novo! Agora para se organizar, só depois do Reveillon.
Consegui manter o blog em dia, mas as enopostagens ficaram em segundo plano... Seguimos tomando vinho, mas não me organizei nas fotos e postagens e alguns bons rótulos acabaram ficando para trás.
Além de compartilhar informações com vocês, o blog é para mim uma espécie de "memória enogastronômica". Sendo assim, para não cair no esquecimento, seguem algumas enodicas de diferentes cantos do mundo:

Tempranillo - Tannat Bouza (2008, Uruguai) - Esse foi o vinho que mais gostei, dos que provei naquela visita à vinícola Bouza no verão passado. Trouxemos uma garrafa e tomamos ela recentemente, em uma noite de sábado, acompanhado de uma pizza. Eu tinha uma boa recordação sobre ele, mas nesse dia a impressão foi ainda melhor. É muito aromático e equilibrado. O tempranillo quebra a "robustez" do tannat na medida.  Aromas marcantes de amora e cereja, um pouco de especiarias, e carvalho no fundo de taça. Os taninos são muito equilibrados. Tem personalidade.

Heartland Sticleback Red (2008, Austrália) - corte das uvas shiraz, cabernet sauvignon, dolcetto e lagrein. Um belo vinho que ganhamos de presente, muito equilibrado. As frutas negras apareceram logo que começamos a tomar, mas depois as especiarias tomaram conta,  senti um pouco de tabaco no fundo de taça. Tem uma cor escura, típica do shiraz, e taninos bem redondos. É um vinho jovem, de corpo médio, mas sem potencial de guarda, pois a tampa (tipo rosca) sinaliza que está pronto para o consumo. Tomamos este vinho acompanhado de um capeletti, com molho de tomate e manjericão e bastante parmesão e azeite de oliva. Bela combinação.

Vidal icewine Magnotta (2008, Canadá) - Vocês lembram da postagem sobre icewines? Pois então, eu planejava guardar a garrafa de icewine que ganhei, para degustar junto com o primeiro icewine produzido no Brasil. Entretanto, o icewine brasileiro foi lançado com um precinho que não cabe no meu bolso, então resolvi abrir meu presente logo e matar a curiosidade.
Eu já provei alguns vinhos da linha dos late harvest e fortificados, mas este é diferente: a cor, a viscosidade, o aroma... Excelente, na boca predomina o sabor de mel, os aromas apresentam notas de frutas tipo damasco e pêssego, a cor é um amarelo dourado intenso. Servi sozinho, não queria nada que pudesse interferir no sabor, e como li em algum enoblog, o icewine é a própria sobremesa. Puro néctar engarrafado (apenas 350 ml).
Aqui no Brasil os icewine importados chegam com um preço bem indigesto, não sei se vou ter oportunidade de tomar de novo, mas fica a dica, especialmente para quem for viajar para o exterior. O Canadá, a Alemanha e a Áustria são conhecidos produtores deste vinho, não deixem de experimentar se estiverem por lá.

7 comentários:

  1. Frô, eu fico lendo vc falar sobre vinhos e me bate uma invejaaa... rs
    Adoro, mas confesso que não entendo pelotas. Mas vou lendo, quem sabe um dia eu saia da teoria para a prática, né? ;oD

    Saudades de um bom vinho, como que ganhei de um amigo portugues, um Touriga Nacional.. ai ai. ;oD

    Xerinhos
    Paty

    ResponderExcluir
  2. Oi Ju
    Perdi seu sorteio, ouw.
    Estive viajando e este fim de ano está uma loucura.
    Beijos
    Patty

    ResponderExcluir
  3. Olá, Ju querida, engoli a seco ao ler essa postagem sobre vinhos. Adoro!!!
    Hoje tomamos um simples Rosé Suave no almoço, bem geladinho, pois com esse calor ninguém aguenta.
    Antigamente aqui em Poços havia uma loja que vendia um artesanal Rosé Licoroso produzido em Andradas, cidade vizinha, que era uma bebida dos deuses, pelo menos para o nosso paladar... mas essa loja fechou e ninguém mais represente essa vinícula.
    ..............
    Querida, acabo de assistir no Jornal Nacional a Parada aí em Gramado. Que espetáculo de Luzes e Cores. Maravilhoso!
    ..............
    Amanhã terá Torta de abobrinha no lanche! Comprei hoje já esperando por isso! Afff... essa tortinha virou um vício, he, he.... um saboroso vício!
    ............
    Tenha um lindo e abençoado Domingo, junto a sua família querida, e em pleno clima de Festas! Sempre e com Carinho, ana Clara - Toca dos GAtos.

    ResponderExcluir
  4. Oi Ju, tudo bem?
    Bem eu também sou do time que não entende absolutamente nada de vinhos, mas aprecio.
    Eu vi seu post, sobre o encontro que você realizou com outras colegas de blogs, que pena que não foi aqui em São Paulo, seria uma prazer conhecer você e as outras meninas. E com certeza vocês iriam amar conhecer meu Dimitri, ele tem 2anos e 7 meses, e ia fazer a festa com todas aquelas delicias que vocês fizeram.
    Um ótimo domingo pra ti e seus familiares.
    Beijosss da Pri!
    http://olhandodoauto.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  5. Nós já gostamos de degustar mais. Ótima postagem a sua. Qual o preço do icewine brasileiro? Abraços!

    ResponderExcluir
  6. aqui em casa apreciamos muito um bom vinho...
    Boas dicas...

    bjim
    Jana
    http://janainamechi.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  7. Jotta e Rosley, não vi, mas ouvi falar que o icewine basileiro da Pericó custa algo em torno de R$250,00 (garrafa de apenas 200 ml)... Dureza, né? As críticas não são muito animadoras. A Pericó ganha pontos pelo pioneirismo, mas parece que o vinho não ficou lá essas coisas... Gostei da opinião que li no blog www.decantandoavida.com.br.

    ResponderExcluir