segunda-feira, 28 de junho de 2010

Filé com Molho de Mostarda e Tempranillo Espanhol

A estrela desta postagem é o molho de mostarda, pois a carne depende do gosto. Consumimos pouca carne aqui em casa. Houve uma época que até tentei me tornar vegetariana, mas desisti... Como passo muito bem sem carne, procuro só comer quando for uma coisa de primeira linha, que atenda as exigências do meu paladar e que realmente me satisfaça. Via de regra, quando se trata de carne bovina, duas coisas me satisfazem com plenitude: uma picanha bem mal passada - daquelas de foto de catálogo de churrascaria - ou um medalhão de filé mignon alto, cujo ponto de cocção ideal é "ao sangue".
Não temos churrasqueira em casa para a picanha, mas temos o grill que é ideal para os filés, então quando bate a "fissura" por carne, resolvo a questão facilmente.
Nunca tinha feito molho de mostarda e quando vi a postagem da Débora, do Cheirinho de Tempero, me inspirei porque é muito fácil. Claro que logo que liguei o fogão já tive várias idéias para modificar a receita original e a coisa ficou bem mais elaborada, rsrsrs...
Para duas pessoas, usei:
100 gramas de creme de leite;
1 colher de sopa de mostarda Dijon;
50 ml de vinho branco seco;
1 dente de alho;
1 fio de azeite de oliva;
Sal, curry e alecrim para temperar.
Refoguei de leve o alho bem picadinho no azeite, juntei a mostarda, o creme de leite, o vinho e um pouquinho de curry. Mexi sem parar até ferver. Desliguei o fogo, ajustei o sal e acrescentei umas folinhas de alecrim. Deixei na panela tampada uns minutos antes de servir, para que o alecrim liberasse aroma e sabor.
Excelente! 100% aprovado por mim e pelo Rodrigo. Para quem curte um filé com molho, outra sugestão rápida e fácil é o molho de gorgonzola, que fazemos muito aqui em casa. O modo de preparo é idêntico ao da pasta que eu sugeri na postagem do petisco de Rap 10, a diferença é que o molho deve ser servido quente - para a versão "pasta" é preciso esperar esfriar, pois a consistência tem relação direta com a temperatura.
Para acompanhar este belo filé com molho de mostarda, escolhemos um Tempranillo Espanhol - Artero 2008. Confesso que não sou muito habilitada para falar de vinhos do Velho Mundo. Meu paladar ainda é muito condicionado aos vinhos chilenos e argentinos que são de mais fácil acesso e, para maioria dos brasileiros, representam o início do longo caminho a percorrer, na busca de desenvolver o paladar enológico. Tempranillo é a casta símbolo da Espanha e nos últimos nos anos tem chamado atenção, devido ao seu potencial de adaptação em outros lugares que hoje a produzem (inclusive o Brasil). Segundo a Larousse do Vinho, seu nome se deve a maturação precoce (temprano significa cedo). Este vinho nos foi indicado em uma loja especializada, como sendo um bom exemplar da uva por um preço acessível (R$ 30,00). Não é um grande vinho, mas atendeu às expectativas - a principal era conhecer um Tempranillo produzido na Espanha. É  leve, equilibrado e agradável ao paladar. No início apresentou um sensação de gás carbônico (sensação agulhada na língua que sentimos em alguns espumantes), no caso de vinhos tintos não sei muito bem porque acontece, não chega a ser um defeito, mas não é muito agradável, em minha opinião. Felizmente esta sensação não persistiu ao longo da garrafa, na segunda taça já não senti mais. Além disso, constatei que o vinho evoluiu bastante com a comida, o que sinalizou que a harmonização foi bem sucedida. 

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Chocolate quente da Monica

Dias frios, dias abafados, faz sol, faz chuva, céu aberto, neblina... Típico do inverno no Rio Grande do Sul! Em 24 horas tudo pode virar, da neve ao "veranico" em um piscar de olhos! Haja saúde! E pra escolher a roupa antes de sair de casa? Quem passa o dia na rua tem sempre que estar prevenido! No momento...
Mas como sou fã de sexta-feira e fico feliz que só com a chegada do final de semana, nem este tempinho "borocochô" é capaz de me desanimar. Cheguei em casa há pouco e só passei aqui rapidinho para dar um oi e a dica de um chocolate quente que esquenta até a alma, como bem disse minha amiga Monica, dona da receita. É um dos melhores chocolates quentes que eu já tomei e sem dúvidas o melhor que já fiz. Mudei um pouquinho a receita original e para quem se animar, aqui vai a dosagem para duas pessoas:
100 g de chocolate (usei Alpino);
500 ml de leite;
1 colher de sobremesa cheia de amido de milho (Maizena);
1 colher de café rasa de canela;
1/4 de xícara de creme de leite;
2 colheres de sopa de licor de chocolate.
Levei ao fogo o leite, o chocolate em pedaços, a Maizena (dissolvi antes em um pouco do leite) e a canela. Fiquei mexendo até o chocolate se dissolver por completo. Quando ferveu, desliguei o fogo e acrescentei o creme de leite e o licor.
Fica muito cremoso, uma delícia mesmo! Vale por uma refeição... Quente e encorpado, dá uma moleza boa... Tive a infeliz idéia de tomar no café da manhã de um dia bem frio... O que não foi muito inteligente da minha parte, porque em seguida eu tinha que sair pra trabalhar! Visualizem sair pra trabalhar depois de tomar esta big caneca de um chocolate bem quente e cremoso??? Não preciso dizer que passei metade da manhã meio devagar, rsrsrs... Mas para quem encerrou a semana de trabalho e só quer relaxar com os pés para cima, uma caneca bem quente deste chocolate cai como uma luva - especialmente quem mora aqui pelo sul...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Conchiglione recheado com ricota e castanha-do-pará e coberto com molho roquefort

As fotos infelizmente não reproduzem o quão maravilhoso ficou este prato, mas vocês podem imaginar ao ler a receita, não é? Inventei ela sob medida para harmonizar com um vinho top, que estava esperando uma ocasião especial para ser aberto. Como sou da teoria que a "ocasião especial" se dá simplesmente pela disposição e inspiração, e não por uma data no calendário, elegemos a último sábado para este programa. 
Para o recheio usei:
 1/2 peça de ricota,
 10 castanhas-do-pará picadas,
 1/2 pacote de queijo parmesão ralado (25g),
 1 colher de sopa de creme de ricota (da Tirolez),
 sal, pimenta do reino e tomilho a gosto,
 1 fio de azeite de oliva.
Para o molho, usei:
 1 fio de azeite de oliva,
 1 dente de alho,
 50 ml de vinho branco seco,
 1 pote de creme de ricota,
 +- 150 g de queijo roquefort.
"Esfarelei" a ricota com a mão e misturei com os demais ingredientes do recheio. Fiz "bolinhas achatadas", com o auxílio de uma colher de chá, para facilitar na hora de rechear os conchigliones. A embalagem tinha 28 conchigliones (200 g), então dividi o recheio na mesma quantidade, deu bem certinho.
Botei os conchigliones para cozinhar em água fervente com um fio de azeite e fui fazer o molho. Refoguei levemente o alho no azeite e juntei o vinho, depois de evaporar um pouco juntei o creme de ricota e o roquefort até derreter e homogeneizar bem.
Em 12 minutos os conchigliones estavam al dente. Escorri, esperei esfriar um pouco (para não queimar os dedos!) e os acomodei em um refratário. Recheei um por um e levei ao forno só para esquentar por alguns minutos. Servi com o molho quente.
Um prato completo, que dispensa acompanhamentos. Maravilhoso! Achei o molho um pouco forte e encorpado, talvez da próxima vez eu acrescente um pouco de leite para dar uma diluída... Também depende do roquefort, a "fortidão" varia com a qualidade do queijo, com a marca, etc. Ficou ótimo assim, mas para quem gosta de sabores mais sutis, é fácil suavizar. 

Agora vamos ao vinho... De Martino single vineyard Alto de Piedra - Carmenère 2007. Um belíssimo representante da casta Carmenère, produzido no Vale del Maipo, Chile. É um vinho elegante, encorpado, com volume na boca e bastante equilibrado. Achei os aromas um pouco  "acanhados", além das frutas vermelhas, na linha amora e cereja, senti um caramelo de açúcar mascavo no fundo de taça. Os taninos estavam no limite. Um vinho excelente, mas confesso que as nossas expectativas eram altas, então rolou uma certa decepção, especialmente porque não é barato.  Custou em torno de R$ 90,00, mas acho que não vale tanto... Ou talvez meu paladar não esteja preparado para vinhos nesta faixa de preço - o que no fundo é muito bom porque meu bolso definitivamente não está, rsrsrs. 
Foi uma ocasião não-especial com requintes de comemoração. A harmonização foi super bem sucedida e por mais que o vinho tenha doído um pouco no bolso, um programinha desses em casa ainda sai mais em conta que jantar fora... Com a vantagem de não se preocupar com fila, carro, segurança, etc, etc, etc...  Eu sou fã de programinhas caseiros, ainda mais em uma noite fria e chuvosa, como foi o caso desta.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Falso risoto de cevadinha com funghi seco

Este risoto é "falso" porque não foi feito de acordo com o método de preparo convencional dos risotos, mas vou chamá-lo assim por causa da apresentação. Descobri recentemente a cevadinha na culinária e me apaixonei. Para quem não conhece, vale a pena experimentar, é um cereal muito saboroso e rico em fibras.
Esta receitinha é fácil e rápida, usei:
1 xícara de cevadinha;
1 punhado de finghi seco;
1/4 de uma cebola grande;
1 alho;
manteiga;
shoyo;
1/2 cubo de caldo de carne;
sal;
2 colheres de sopa de creme de leite.
Primeiro lavei bem a cevadinha e botei para cozinhar em um litro de água fervente com o caldo de carne. Em seguida botei o funghi na água pra hidratar (deixar por pelo menos 15 minutos) - depois de hidratado lavei bem em água corrente até eliminar toda terra. Refoguei a cebola na manteiga, juntei o alho picado e o funghi também picado, para uma rápida refogada. Acrescentei um pouco de shoyo. Após 30 minutos de cozimento escorri a água da cevadinha e juntei ao refogado de funghi, mexi para homogeneizar, acrescentei o creme de leite, sempre mexendo, e ajustei o sal. Voilà, pronto pra servir.
Servi com pimenta-biquinho e ervilhas salteadas na manteiga aromatizada com alecrim.
Aquele cogumelo que esta sobre o risoto na foto da postagem, é um shitake fresco, não faz parte dos ingredientes, refoguei junto e reservei para decorar. Aviso porque sei que algumas pessoas fazem confusão sobre o que é fungui seco. 
O funghi seco é desidratado (sempre deve ser hidratado antes do uso) e pode ser guardado por alguns meses em um pote bem fechado, livre de umidade. O sabor e o aroma são fortes, marcantes. Seu aspecto é exatamente o da foto abaixo, que "pesquei" na web. 
Normalmente é comercializado nos supermercados, em pequenas embalagens junto aos temperos, mas o preço é alto (pelo menos aqui em Porto Alegre). Eu compro a granel no mercado público, o preço é  bem mais acessível. Noto que o preço oscila com a época, mas é tranquilo. O máximo que já paguei por 100g foi R$ 9,00 (o mínimo foi R$ 3,20), e esta quantidade rende várias receitas. Existem outros tipos de cogumelos secos caríssimos, mas nunca me interessei porque o preço é surreal. O funghi seco que está na maioria das receitas que a gente vê por aí é esse da foto e não custa caro.

domingo, 20 de junho de 2010

Domingo é dia de pizza!

Há um tempo atrás era sagrado, todo domingo à noite chamávamos uma pizza para encerrar o final de semana com chave de ouro, ou melhor, para enfiar o pé na jaca de vez - afinal segunda é o dia oficial de começar regime. Felizmente nos livramos deste hábito, na tentativa de fazer as pazes com a balança, mas continuamos fãs de pizza. 
Nunca havia feito massa de pizza, mas desde que vi a receita da Rê do Charme de Cozinha estava com a mão coçando para pôr na massa, rsrsrs... Numa terça dessas cheguei em casa louca pra comer pizza e o Rodrigo prontamente pegou o telefone, mas foi surpreendido pela minha iniciativa de fazê-la. 
Inventei de fazer 1/2 receita, porque estávamos só nós, mas me atrapalhei toda com as medidas, por isso vou botar o link da Rê e vocês pegam a receita da massa lá, ok?! Usei só 10 g do fermento biológico, mas acabei botando quase a mesma quantidade de água morna... Acho que por isso precisei botar mais farinha do que havia planejado - fiz uma bagunça daquelas na cozinha, tinha farinha por tudo, rsrsrs... Estava morrendo de medo que desse errado, mas quando abri a massa e tirei do forno após os 5 minutos do pré-cozimento, relaxei, porque pelo menos aparentemente tinha dado certo. Feliz mesmo eu fiquei ao provar - a massa fica ótima, leve, bem saborosa, acho que é por causa do iogurte. Apesar da bagunça na cozinha valeu muuuito a pena.
Fiz duas coberturas: a primeira foi a versão chique, shitake e alho poró com borda recheada de gorgonzola, e a segunda mais popular, com sardinha e muito orégano (estava sonhando com uma assim desde que vi no blog da Débora). As duas ficaram ótimas, o Rodrigo torceu um pouco o nariz quando anunciei que faria de sardinha, porque ele não é muito chegado, mas logo mudou de idéia quando eu servi - no final foi a que acabou primeiro, rsrsrs...
Que tal aproveitar que é domingo, dia oficial da preguiça e da bagunça, e botar a mão na massa para fazer uma pizza para família?
E para encerrar a postagem, uma dica enófila boa e barata. Casa Valduga Arte Reserva Cabernet Sauvignon, na versão "bag-in-box".  Essa é para quem quer implementar o saudável hábito de tomar uma tacinha de vinho nas refeições, e não quer gastar muito. A vantagem é que esta embalagem conserva o vinho em boas condições, por pelo menos 30 dias depois de aberto, e não precisa ser mantida sob refrigeração - outra grande vantagem, porque vinho e geladeira não combinam.  Tem uma "torneirinha" fácil de acionar e está sempre pronto para o consumo. Também é uma boa dica para receber um grupo de amigos em uma noite "queijos e vinhos" (ou "pizza e vinho"), sem pesar no bolso. Aqui em casa não temos muito problema com "sobrar" vinho, porque tomamos tranquilamente 1 garrafa em dois, mas tem aqueles dias a a gente chega em casa e só quer tomar uma tacinha - dá uma pena  de abrir uma garrafa... Então, ter um "bag-in-box" é a pedida.
Compramos a embalagem de 3 litros por R$ 40,00. É sem dúvidas uma boa relação custo/benefício, pois equivale a 4 garrafas convencionais (750 ml), por R$ 10,00 cada. Considerando a qualidade do vinho, vale a pena.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Escondidinho de mandioquinha e abobrinha

Desde que eu comprei os ramekins estou cheia de idéias de escondidinhos, mas ainda não botei em prática. Este foi improvisado com o que tinha em casa. Queria uma coisa quentinha e diferente, e tinha mandioquinha e abobrinha já passando do ponto... Então tratei de inventar algo com elas. Usei:
1/2 kg de mandioquinha;
1 abobrinha italiana;
70 g de bacon (aquele da Sadia que já vem picado);
1 dente de alho;
1 cubo de caldo de legumes;
1/2 lata de creme de leite light;
1 peça de queijo camembert da Polenghi.
Cozinhei a mandioquinha descascada e picada em água com o caldo de legumes, reservei. Refoguei o bacon até derreter a gordura e sobre ele, na frigideira quente, adicionei 1 fio de azeite de oliva e a abobrinha picada em pequenos cubos - é importante refogar com um pouco de azeite bem quente para que ela "sele" e não solte água quando for para o forno. Refoguei junto o alho bem picadinho. Distribui em 4 ramekins a abobrinha com bacon e cobri com uma fatia do camembert (dividi a peça em 4 fatias, como mostra a foto). "Escondi" tudo com uma camada de "purê" de mandioquinha - que nada mais é do que a mandioquinha cozida, amassada com um garfo e misturada ao creme de leite. Para finalizar, orégano e queijo ralado. Levar ao forno pré-aquecido até dourar o queijo. 

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Minestrone com cevadinha, batata, abobrinha e espinafre

Ainda na onda das sopas e testando novas receitas da minha esquecida coleção "A Grande Cozinha". Falando nisso, em 2007 alguém teve a paciência e persistência de ir toda semana às bancas (durante 25 semanas!!!) para adquirir cada volume por R$ 12,90? Eu persisti e montei a coleção completa! Confesso que muitas vezes fiquei tentada a desistir, primeiro porque a brincadeira estava ficado cara e também porque cada volume tratava de um assunto diferente e nem todos me interessavam... Mas fui firme até o fim e depois de gastar  R$ 322,50 e todo o empenho para não perder nenhum volume, a Abril lançou um box, com toda a coleção, por um preço bem menor!!! Queria cortar os pulsos!!! Fiquei tão passada que por um bom tempo não toquei nos livros, rsrsrsrs... 
Chega de blá, blá, blá e vamos à receita, usei:
1 xícara de cevadinha;
3 batatas;
120 g de espinafre congelado (na receita original, 1 maço pequeno);
2 abobrinhas italianas;
1 cebola pequena;
1 dente de alho;
2 cubos de caldo de legumes;
azeite de oliva.
Dourar o alho inteiro em uma panela com um fio de azeite de oliva. Descartar o alho e botar a cebola picada para refogar neste azeite. Juntar a cevadinha (lavada previamente), 1 litro de água quente e 1 cubo de caldo de legumes. Cozinhar por 30 minutos depois que ferver. Acrescentar as batatas cortadas em cubos, as abobrinhas cortadas ao meio e fatiadas, o espinafre (botei congelado mesmo), 1 litro de água quente e mais 1 cubo de caldo de legumes. Depois que ferver, cozinhar por mais 20 minutos. Ajustar o sal (para mim estava bom, não precisou) e acrescentar pimenta do reino moída na hora. Ao servir, colocar no prato salsinha picada e queijo ralado.
Excelente! A cevadinha é muito saborosa, tem uma consistência firme. A abobrinha retém o calor, portanto esta é uma daquelas sopas que esquenta até a alma.
A receita sugeria, para acompanhamento, um Malbec argentino, então optei por um dos nossos preferidos - o Punto Final Etiqueta Negra, safra 2008. Na verdade este não é um Malbec típico, é mais encorpado que o normal (talvez por causa dos 2% de Cabernet Franc). Vermelho violáceo, aroma de amoras, senti algo de especiarias, talvez cravo. Não é um vinho elegante, mas em minha opinião, muito equilibrado no álcool e nos taninos. tem uma bela relação custo benefício quando está em promoção. Seu preço original é R$ 37,00, mas frequentemente está em promoção na Vinhos do Mundo, que é a importadora exclusiva da Bodega Renacer. Ano passado chegamos a pagar R$ 21,50 a garrafa. Esta semana adquirimos algumas garrafas da safra 2009 por RS 27,00 - ainda é uma boa relação custo/ benefício.


terça-feira, 15 de junho de 2010

Petisco rápido para acompanhar o jogo do Brasil!

Ameeei a idéia da minha amiga Monica de transformar o Rap 10 em petisco! A versão dela com alho deve ficar tudo de bom! Cheguei em casa ontem e sentamos para ver um filme que sobrou do final de semana. Mas antes, como de costume, dei uma passadinha rápida no blog para ver os comentários e as últimas postagens das amigas da bolgsfera (não posso acessar o blog do trabalho, felizmente) e não resisti aos petiscos da Monica. Corri para cozinha pra fazer uma "fornada" pois ambos estávamos com fome e achei perfeito para beliscar, enquanto assistíamos o filme na TV nova (este foi o presentão de Dia dos Namorados). Fiz uma versão mais rápida porque fiquei com preguiça de picar o alho: cortei os petiscos em triângulos, reguei com um fio de azeite de oliva, pimenta do reino moída na hora, alecrim, tomilho e queijo ralado. Coloquei no forno quente e em poucos minutos estava pronto, é só o tempo de dourar, as bordas começam a levantar como na foto da postagem da Monica - é bem rápido mesmo. Servi com uma pastinha de gorgonzola, mostarda Dijon e alouette de ervas finas da Polenghi. Perfeito, ainda bem que não tinha muito porque não dá vontade de parar de comer, rsrsrs.
Esta pastinha de gorgonzola é muito fácil de fazer - é só gorgonzola e creme de leite no microoondas - em potência 80, a cada 30 segundos, abro, mexo a e retorno ao microondas até derreter e homogeneizar bem (não leva mais que 2 minutos normalmente). O bom é fazer com alguma antecedência para dar tempo de esfriar. Fica uma pastinha de consistência firme, ótima para acompanhar uma torradinha ou algo do tipo. Costumo usar a proporção 1/1 na dosagem gorgonzola e creme de leite.
Para quem foi liberado do trabalho e vai para casa assistir o jogo, este petisco é uma ótima pedida para acompanhar a cervejinha (ou o refrigerante). Para os que não são muito de futebol como eu, ainda assim vale participar do evento só pelo petisco, rsrsrs


domingo, 13 de junho de 2010

O risoto do Dia dos Namorados


Enfim fiz o risoto de pêra com gorgonzola, que há horas eu namorava. Ficou excelente e harmonizou super bem com o espumante - refeição leve e sofisticada, perfeita para a ocasião. Como disse na postagem de ontem, montei minha receita a partir de diferentes fontes. Segui a dica do Manjericota quanto ao preparo prévio das pêras - achei interessante a estória de assá-las com mel - só podia ser coisa do Jamie Oliver, genial.
Para o risoto usei: 
2 pêras maduras cortadas em gomos;
150 g de gorgonzola;
200 g de arroz arbóreo;
1 litro de caldo de legumes (água + 1 cubo de caldo);
1/4 de uma cebola grande;
manteiga;
150 ml de vinho branco seco;
tomilho fresco;
2 colheres de sopa de mel.
Primeiro passo: coloquei as pêras cortadas em uma fôrma, reguei com o mel e levei ao forno médio.
Comecei o preparo do risoto: refoguei a cebola em uma porção de manteiga; juntei o arroz e dei uma leve refogada. Juntei o vinho e deixei evaporar boa parte. Comecei acrescentar aos poucos o caldo quente, mexendo sempre e acrescentando mais a medida que ia evaporando. Quando o arroz estava no ponto (al dente), acrescentei o gorgonzola em pedaços, as pêras (desliguei o forno em 20 min e deixei elas lá), um pouco de tomilho fresco e mais um "naco" de manteiga. Mexi bem para uniformizar, desliguei o fogo e deixei a panela tampada uns minutinhos antes de servir. 
Ficou divino. A pêra fica tenra e suave e o gorgonzola quebra o sabor adocicado da fruta e do mel. Adorei, ou melhor, adoramos.
O espumante harmonizou bem, mas confesso que fiquei um pouco decepcionada (só um pouquinho)... Forcei a memória (na época eu não tinha blog, rsrs) e lembrei que a última vez que bebi o Valduga 130 foi há 1 ano e meio. Na ocasião minha impressão foi: uau!!! Provavelmente foi uma garrafa de outra safra, mas também tem a coisa do dia... E o bendito paladar que evoluiu... Continuo achando um espumante excelente, mas já começo a questionar a relação custo benefício, porque não é nada barato. 
Decepção à parte, a noite teve outra estrela no quesito "enológico" - o excelente Avondale Reserve Muscat Blanc 2007. Vinho fortificado para sobremesa, produzido na África do Sul. No aroma mel e fruta, com um toque levemente cítrico. Na boca é cremoso e encorpado. Tomamos gelado, acompanhado de damascos secos e queijo roquefort. Nota 10, recomendo! A dica foi de um gerente da Vinhos do Mundo, o Fabiano, e realmente valeu a pena. Custou algo em torno de R$ 40,00 reais, bem pagos. 
Tomamos na sobremesa, mas também acho que cai bem como entrada, se for servido com acompanhamentos de sabor marcante e salgados, como é o caso do gorgonzola e do roquefort, pois este vinho é bem doce. Tem 16% de álcool e quase 200 g/l de açúcar.



sábado, 12 de junho de 2010

Coincidências... Será que o amor estabelece um padrão alimentar?

Eu jurei que hoje iria me manter longe do computador, pois é dia de descansar e namorar... O Rodrigo é o incentivador nº 1 do blog - afinal, ele é o maior beneficiado, pois antes de postar eu tenho que cozinhar - mas sei que às vezes abuso das horas de blogagem...
Hoje acordei tarde, ganhei café na cama, assisti um pouco de TV deitada, peguei no sono de novo, levantei e enquanto estava tomando banho, o Rodrigo fez meu chimarrão - ôôô vida difícil, rsrsrs...
Sentei para tomar o mate e ler a Zero Hora  (principal jornal aqui do RS) e logo no começo tinha uma reportagem especial com 12 sugestões de programas para o dia de hoje. Apesar de já estar com a programação e o cardápio definidos, comecei a ler e não acreditei quando apareceu a dica 7 - "Testar uma receita juntos". Adivinha qual era a receita sugerida? Risoto de Pêra e Gorgonzola. E adivinha qual é a receita que me programei para fazer hoje? Risoto de Pêra e Gorgonzola! Isto é coincidência ou trata-se de um padrão alimentar estabelecido pelos apaixonados? Alguém mais pensou em fazer este prato hoje? Não me contive, corri para o computador pra contar essa para vocês...
Nunca fiz este risoto, peguei dicas nas versões do Manjericota e do É mamão com açúcar, que foram as que eu achei em uma busca rápida. No jornal também tem uma versão - vou compor a minha a partir destas três "fontes", depois conto como ficou.
Já que estou aqui, para não perder a viagem, vou dar a dica do espumante que vamos harmonizar com este risoto – O Valduga 130 Brut. É sem dúvidas o meu preferido, diferente de tudo que já provamos. Tem uma coloração dourada, perlage abundante e um toque de frutas secas no aroma (algo de amêndoa, avelã, não sei ao certo...). Faz um tempinho que tomamos pela última vez, esta é a recordação que tenho dele, mas quando postar o risoto atualizo as minhas impressões. Acho que será uma bela harmonização.
Outra dica boa de espumante para o dia de hoje é o Amante, também da Valduga, que já comentei aqui. É outro conceito, mais frutado e fresco – combina bem com prato leves e saladas. Boa pedida para quem está nas regiões mais quentes do país, porque aqui no sul o frio impera!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Da estrada direito para a cozinha: pudim de iogurte com gengibre




Enfim em casa! O frio que fez naquela cidade foi algo! Dormi com todos os cobertores possíveis e acho que só peguei no sono porque tinha tomado um vinhozinho na janta, rsrsrs.... Como diz a Tati do Panelaterapia, estou o pó do pó... Fecho os olhos e só vejo aquela estrada comprida pela frente... Quem  já foi pra Uruguaiana de carro sabe do que eu estou falando...
Quando cheguei em casa, obviamente fui pra frente do computador para dar aquela blogadinha básica e visitar as amigas da blogsfera, e quando via a última postagem da Maria Inês, fiquei louca pra fazer o tal pudim de iogurte... Tratei de correr para cozinha, pois além de fácil de fazer, o Rodrigo merecia este agrado - especialmente porque fui recepcionada com um presentão de dia dos namorados adiantado.
Como não consigo seguir receita, estou sempre inventando moda, inventei a minha versão de pudim de iogurte. Ficou excelente, pois tive a feliz idéia de acrescentar um ingrediente surpresa: gengibre. 
Fiz assim: misturei, bem misturado, na mão mesmo, 1 lata de leite condensado, a mesma medida de iogurte natural, dois ovos e uma colherinha de café de gengibre em pó. Botei tudo isso em uma forma com caramelo e levei ao forno médio, em banho-maria por 40 minutos... Não preciso dizer que não esperamos esfriar para experimentar, rsrsrs.
Acabei usando uma fôrma muito grande e ele ficou baixinho. A foto não traduz como ficou bom, mas acreditem, este toque de gengibre deu uma bela realçada no sabor.
Já vi que tem um monte de receitinhas para o dia dos namorados -  eu já escolhi a minha, decidi ficar em casa e fazer uma jantinha caprichada... 
Aproveitando a postagem, quero agradecer o selinho que a queridíssima Miriam deixou pra mim lá no Prato Barato! Muito obrigada pela lembrança e pelo carinho!
Bom final de semana para todos, e aos "enamorados", um sábado com muito amor!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Frio, frio, frio....

Temperatura este momento em Porto Alegre: 8ºC! Credo, como está frio!!!! E o inverno nem começou... Estou arrumando forças para fazer minha malinha para uma viagem de trabalho... Amanhã bem cedo pego a estrada rumo a Uruguaiana! Dá medo de pensar no frio que deve estar por lá! Uruguaiana é a cidade mais à oeste do Rio Grande Sul, na fronteira com a Argentina - 649 km de Porto Alegre... É estrada que não acaba mais, que desânimo. Mas tudo bem, sexta à noite estarei de volta... 
Ainda não temos programação definida para o Dia dos Namorados! Estava certa que iria fazer um jantarzinho especial para nós, o Rodrigo já tinha até escolhido o vinho, minha missão era escolher um cardápio para harmonizar, mas com esta estória de viagem na véspera não sei se vai rolar... Hoje à tarde liguei para dois restaurantes que estamos namorando há um tempão, para fazer reserva, mas nem pensar, ambos lotados! Se o dia estiver bonito talvez valha a pena dar um pulinho na Serra Gaúcha - já que está frio, vamos tratar de aproveitar o que ele tem de bom né?! 
Encerro a postagem com uma lembrança da nossa última ida a Gramado, em outubro de 2009 (e tava frio!) - esta fotinho foi tirada na Aldeia do Papai Noel, que funciona o ano inteiro. Um lugar lindo para adultos e crianças. Estamos sentados perto da Árvore dos Desejos - todas estas plaquinhas de madeira que aparecem penduradas nas estrutura metálica são pedidos, deixados por pessoas de diferentes lugares que por ali passaram. Nós também penduramos as nossas, e até que o Papai Noel foi bem bonzinho com a gente no último Natal, rsrsrs

terça-feira, 8 de junho de 2010

Quibe de forno recheado com gorgonzola e acompanhamentos

Há horas queria fazer um quibe de forno, então lá fui eu para os blogues das amigas pegar uma receitinha. Tem a versão da Thais do Abobrinhas, da Tati do Panelaterapia, da Fabi do Figos e Funghis, da Fla  do Arte na Cozinha, da Monica do Cozinha da Monica, e por aí vai... Peguei todas, botei no "processador" e montei minha versão, rsrsrs. Usei:
1/2 kg de carne moída;
1 cebola roxa pequena picada;
1 dente de alho picado;
folhas de hortelã (usei 8, mas da próxima vez vou botar um pouco mais...);
1 e 1/2 xícara de trigo para quibe hidratado (coloquei na água +- 2 horas antes de iniciar o preparo);
1 pitada de canela;
sal e pimenta do reino à gosto;
1 copo de queijo processado sabor gorgonzola (aquele tipo requeijão, sabe? usei da marca São Vicente);
azeite de oliva.
Tirei o excesso de água do trigo apertando com a mão e misturei todos os ingredientes (menos o queijo processado e o azeite) até ficar uma massa homogênea. 
Em um refratário médio coloquei um fio de azeite e forrei com a metade da massa. Cobri com o queijo processado e por fim o restante da massa. Reguei com um  pouco de azeite de oliva e levei ao forno médio pré-aquecido - 20 minutos coberto com papel alumínio e mais uns 15 sem.  
Para decorar no prato, folhinhas de hortelã. Servi acompanhado de cebola caramelada (ver receita aqui), pimenta biquinho e mini-berinjelas.
As mini-berinjelas foram assadas cobertas com uma mistura de alho bem picadinho, manjericão fresco, tomate e azeite de oliva. Temperei elas com um pouquinho de sal antes de cobrir com a mistura - 15 minutos no forno (que já estava bem aquecido) foram o bastante (coloquei junto com o quibe, quando tirei o alumínio) - finalizei com queijo parmesão ralado assim que saíram do forno. 

domingo, 6 de junho de 2010

Sopa de grão-de-bico e cogumelo

A Monica está promovendo o Festival do Champignon e eu não poderia deixar de participar por dois motivos óbvios: primeiro porque sou louca por todos os tipos de cogumelos, uso  com frequência na minha cozinha e segundo, porque adoro o blog da Monica, acho ela uma querida e fico muito feliz em prestigiar sua iniciativa. 
Eu poderia participar com alguma receita antiga, já postada aqui no blog, mas resolvi fazer uma coisa nova para sair do usual. Lá fui eu em busca de inspiração na minha coleção "A Grande Cozinha" da Editora Abril, que andava meio esquecida na prateleira... Como a temperatura caiu de vez aqui no sul, nada mais apropriado que uma sopinha, e a eleita foi a de grão-de-bico e cogumelo. Confesso que não sou muito fã de grão-de-bico, mas por isso mesmo quis dar uma "chance" pra ele, pois acompanhado de cogumelo e com todos os temperos que a receita pedia, impossível não ficar bom. Desta vez quase não alterei a receita original, usei:
2 xícaras de grão de bico;
300 g de cogumelo Paris;
70 g de bacon;
3 tomates;
2 dentes de alho;
1/2 cebola roxa grande;
1 talo de de salsão;
2 ramos de alecrim;
2 ramos de tomilho;
1 punhado de salsinha;
2 taças de vinho branco seco;
1 cubo de caldo de legumes;
sal e azeite de oliva.
O grão-de-bico deve ficar de molho na água por 12 horas antes do preparo. Após este período, escorrer e lavar os grãos em água corrente. Cozinhar por 1 hora em fogo baixo com água, sal e o alecrim.
Enquanto isso picar os outros ingredientes. Refogar no azeite de oliva a cebola, o salsão, a salsinha e o alho. Depois juntar o bacon, os cogumelos e o grão-de-bico cozido e escorrido (descartar os ramos de alecrim quando escorrer). Mexer por 5 minutos e acrescentar o vinho branco. Deixar evaporar parte do vinho e acrescentar 1 litro de água fervente e o caldo de legumes. Adicionar o tomate, sem pele e sem semente, cortado em tiras largas e os ramos de tomilho. Deixar cozinhar por mais 15 minutos. Antes de desligar verificar o sal e ajustar (para mim não precisou de sal), "pescar" os ramos de tomilho e servir. Para finalizar no prato, pimenta do reino moída na hora e folinhas de manjericão.
A sopa ficou divina! Extremamente aromática e saborosa. Aprovadíssima! Para acompanhar, a receita original sugeria um Cabernet Sauvignon não muito envelhecido. Escolhemos  um chileno que estava descansando na nossa adega há 1 ano - Porta Reserva 2007. Boa harmonização, o vinho foi realçado pelo sabor da sopa. 
Sobre o vinho: coloração rubi intenso, aromático, mas não consegui decifrar muito bem - algo no grupo herbáceo (lembram da Roda de Aromas?). No fundo de taça senti tabaco e um pouco de caramelo proveniente do carvalho. Os taninos estavam bem redondos, adstringência na medida. Um vinho elegante, de corpo médio, mas sem nenhuma característica marcante. Achei a relação custo/benefício adequada. Pagamos R$ 39,90 na Vinhos do Mundo no inverno passado. Bom vinho, mas só compro de novo se estiver em promoção.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Preparo de cremes

"Cremes e veloutés - ambos são pratos em que um tipo de hortaliça prevalece, ou no máximo duas que se equivalem, batidos no liquidificador até que cheguem a uma consistência cremosa e homogênea. Os cremes podem ser servidos quentes, ou frios, no verão, como o tradicional gaspacho espanhol (tem receita no Eternos Prazeres)" - A Grande Cozinha, vol. 10 - Sopas e Caldos, Ed. Abril, 2007.
Raro eu fazer outro tipo de sopa aqui em casa que não seja o creme. Quando está frio, pelo menos uma vez por semana sai alguma versão. Estou há horas querendo postar as receitinhas das minhas preferidas (mandioquinha e moranga), que são as que aparecem nas fotos, mas já estava desistindo. Estas receitas estão bem documentadas na blogsfera culinária, frequentemente alguém posta alguma versão. Entretanto, inspirada em uma postagem recente da minha blog-amiga Monica (Como se faz sopa?), resolvi fazer uma postagem não com receitas, mas com sugestões de como fazer estes cremes, pois para quem está começando a brincar com as panelas, muitas vezes dicas são mais úteis que receitas.
Vamos então aos cremes que eu acho mais fáceis: mandioquinha (batata baroa), aipim (mandioca ou macaxeira dependendo da região), moranga, batata. Para estes 4 tipos, sigo sempre a mesma ordem de preparo: 
  • Cozinho o ingrediente-base descascado (e picado para agilizar), imerso em água com 1 tablete de caldo de legumes;
  • Enquanto cozinha, refogo um pouco de cebola na manteiga ou azeite de oliva (quantidade à gosto);
  • Depois de cozido, levo ao liquidificador para bater com a própria água do cozimento - usar a quantidade de água necessária para que o liquidificador consiga trabalhar, não é muito;
  • Depois de batido, levo à panela com a cebola refogada, e cozinho por mais alguns minutos em fogo baixo (não precisa muito tempo pois não há nada cru), mexendo de vez em quando;
  • Acrescento um pouco mais de água (ou leite) se achar necessário, pois isto vai definir a textura (e o rendimento) do creme, fica à critério;
  • Antes de desligar, acrescento uma porção de creme de leite. Eu muitas vezes defino a quantidade de creme de leite pelas calorias (ãh?!). O raciocínio é o seguinte: uma caixinha de creme de leite de 200 g tem pouco mais de 400 kcal. Se eu fiz sopa para duas pessoas, por exemplo, só de creme de leite já vou ingerir 200 kcal. Se considerarmos os outros ingredientes, corre-se o risco de a refeição ficar bem calórica (e a gente se achando "tri light" porque jantou só um creminho né, rsrsrs), portanto, só uso uma caixinha inteira quando estou cozinhando para no mínimo 4 pessoas - não se preocupem, eu não sou maluca, neorótica, maniática, obsessiva-compulsiva ou coisa do tipo, sou engenheira (o que dá quase no mesmo);
  • Mexo bem pra uniformizar, provo e ajusto o sal -  as vezes é preciso quase nada, porque o caldo de legumes já temperou.
E voilà, está pronto o creme! Para dar uma incrementada, seguem mais algumas dicas:
  • No de moranga sempre acrescento um pouquinho de curry. Um toque de gengibre também cai super bem;
  • O de aipim pode ser incrementado com uma calabresa picada bem miudinha e refogada junto com a cebola - fica show;
  • Nunca tentei fazer só de cenoura, acho que ela não tem consistência para isso, mas ela vai bem como coadjuvante  (especialmente com o de batata);
  • O de batata é bem sonso, mas pode servir de base a outro ingrediente mais marcante (como espinafre, por exemplo) pois sua consistência contribui para dar cremosidade;
  • Para finalizar no prato, salsinha, cebolinha, queijo ralado e pimenta do reino moida na hora são sempre bem vindos;
  • Os croûtons são sempre um ótimo acompanhamento. Também uso queijo picado em cubos - que derretem no calor do creme... hummm...
Espero que tenham aproveitado as dicas, as possibilidades são ilimitadas, basta usar a imaginação e testar, testar... Uma hora a gente pega a manha e daí não para mais. Chega o dia em que as receitas são usadas só como uma referência, pois sempre acabamos dando um toque pessoal no preparo.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Sobremesa rápida de banana com doce de leite

Normalmente não sou de comer doce, mas esta semana estou impossível - uma formiga! Como sigo a teoria de que calorias "extras" devem valer a pena, passei no mercado e comprei os ingredientes para improvisar um doce com uma combinação que eu amo - banana e doce de leite! Esta minha "invenção" é inspirada em uma torta maravilhosa do Machry Armazém e Bistrô, na zona sul Porto Alegre. 
Coloquei em uma taça de sobremesa - 2 colheres de sopa de doce de leite, 1 banana fatiada, uma camada de chantilly e canela para finalizar. É de comer rezando! Acho que depois dessa, a formiga vai sossegar por bastante tempo, rsrsrs. 
A unica coisa que demanda um pouco de trabalho é o chantilly, mas como quem faz o serviço é a batedeira, pode-se dizer que esta é uma sobremesa rápida e fácil. Para o chantilly, usei uma caixinha de creme tipo chantilly da Fleischmann (resfriado por 20 min no freezer), duas claras e duas colheres de sobremesa de açúcar - bati até aumentar o volume e ficar com uma consistência firme. 
Nunca fiz a torta, mas ela segue a mesma ordem de ingredientes, a única diferença é que tem uma fina camada de massa na base (de bolacha triturada e manteiga). Qualquer hora dessas me arrisco a fazer.